terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Buraco na camada de ozônio faz bem para a Antártida

Os cientistas perceberam que está é uma proteção para o meio do continente do aquecimento global.

Não precisa ser cientista para perceber que o clima no planeta mudou. A gente mesmo nota que o tempo está diferente. Faz frio demais e esquenta demais.


Esse desequilíbrio se repete no mundo inteiro. Veja só a situação na Antártida. O centro do continente continua gelado, mas o gelo nas extremidades está derretendo.

Os cientistas perceberam que o buraco na camada de ozônio está protegendo o meio do continente do aquecimento global. O buraco na camada de ozônio, que superaquece o planeta, protege o centro da Antártida do calor.

Há 11 anos, a estação antártica brasileira não enfrentava tanto frio na primavera. Parece que o inverno não terminou.

O frio fora de hora trouxe mudanças na rotina na base. Um dos barcos de pesquisa ainda está preso no gelo. Os banhos estão racionados.

"A água é coletada em dois lagos na península. A água congelou e ficamos sem água na estação", falou Glênio Borges, chefe da EACF.

Biólogos gaúchos estão preocupados. Eles viajaram 3,6 mil quilômetros para estudar as skuas, que, nessa época, deveriam estar se reproduzindo.

“A maioria das aves ainda não fez ninho nem colocou ovos por causa dessa condição climática”, falou César Rodrigo dos Santos, biólogo Unisinos.

A estação brasileira fica na península Antártica. Apesar do inverno prolongado deste ano, essa é um das áreas mais afetadas pelo aquecimento do planeta. Noventa por cento das geleiras estão diminuindo.

A população de pinguins-de-adélia caiu 80%. O principal alimento deles, o camarão chamado kril, sumiu da região. Tudo reflexo do efeito estufa.

Há 16 anos, Heber Passos vai à estação brasileira. Ele mora num container, de onde monitora vários equipamentos de medição do tempo. “A gente tem velocidade e direção do vento, que fica em cima. Na parte de baixo, tem a acumulação de neve”, explicou.

Dados como esses são registrados em diversas estações de pesquisa e ajudam meteorologistas a entender o que acontece na Antártida. Enquanto a parte oeste esquenta, o interior do continente está cada vez mais frio. Há anos os cientistas tentavam entender porque isso acontece. Só agora surgiu uma explicação.

“A existência do buraco na camada de ozônio está evitando que o aquecimento global chegue a esse continente”, esclareceu Jefferson Simões, glaciologista da UFRGS.

Durante muito tempo se acreditou que o buraco na camada de ozônio poderia aquecer o continente gelado. Mas em novembro o Comitê Científico Internacional de Pesquisas Antárticas revelou que na verdade o buraco funciona como um imenso refrigerador.

O ozônio é um gás que absorve a radiação ultravioleta do sol. Sem ele, a atmosfera sobre a Antártida recebe menos calor e acaba formando um rodamoinho de ventos intensos que resfriam o centro da Antártida e isolam essa área do aquecimento global.

Mas o buraco na camada de ozônio está diminuindo e isso deve afetar e muito as temperaturas na Antártida.

"Nos próximos 50 a 100 anos o buraco deve voltar ao tamanho natural. Agora, a proteção que o buraco trouxe para a região Antártica, na questão do efeito estufa, pode deixar de acontecer. Para entendermos isso melhor a gente vai precisar continuar com os estudos ao longo dos próximos anos", alertou Luciano Marani, pesquisador do INPR.

9 comentários:

  1. Muito interessante essa descoberta. Onde se podia pensar que o buraco na camada de ozônio conseguia proteger o centro da antartida ,e o mais incrivel é que só agora apareceu a explicaçao de o porque que a parte oeste esquenta,enquanto o interior do continente está cada vez mais frio,isso se deve ao buraco na camada de ozônio.Chega de se viver la .

    Postado por Patrick Trevizani Barbosa

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  2. Achei muito curioso, ja que até agora de falava que isso iria acabar com a gelo no planeta pelo aquecimento global, que é causado pelo buraco da camada de ozônio principalmente

    Leonrdo Henrique

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  3. É um tema muito discutido, ainda mais essa semana com a conferência. Todos tem propostas e soluções, mas tudo na teoria. A verdade é que as geleiras estão derretendo, os animais desaparecendo e tudo está mudando. a questão é: Aonde vamos parar? Estudos dizem que os cientistas deveriam pesquisar tecnologias que poluíssem menos o meio ambiente, mas nós mesmos produzimos o CO2, um dos maiores causadores. Devemos viver pensando no bem de todos!

    Autor: Thais Caroliny

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  4. Agora com esse artigo não sabemos qual é a melhor solução para o buraco na camada de ozônio. Se é acabar com ela ou deixar como ela está!Pois se ela está contribuindo para as temperaturas no interior da Antártida não deve deixar esse buraco fechar, mas se ela está degradando as geleiras em redor eu acho que deveria diminuir cada vez mais até fechar o buraco e deixar com que a geleira continue do mesmo jeito que era quando não existia esse buraco. Muitas pesquisas que estão saindo deixa a nossa mente confusa não sabemos qual vai ser a melhor solução!!! Esse assunto deve ser discutido na Cúpula das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP15), em Copenhague para ver que posição os países devem ficar!!!
    Aluno: Igor Peixoto Biral.

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  5. É interessante como a química está ligada às questões do meio ambiente, como vemos no artigo acima... Isso porque quando falamos de gases poluentes, falamos de CO2, entre outros, e isso é química. A própria camada de ozônio é formada pelo O3.
    BOm, vamos usar a química e as nossos avanços e descobertas para proteger o planeta..
    Afinal, a química está presente em tudo...

    =)

    Sane Alves GUimarães

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  6. Então quer dizer que se o buraco na camada de ozônio diminuir a Antártida estará correndo risco? Em meio a tantas teses sobre esse fenômeno fica difícil ter uma opinião concreta. As vezes ouvimos falar que este é um monstro que está destruindo o nosso planeta mas as vezes dizem que ele, não aquece mas resfria a terra. Assim fica difícil!
    Mas como um todo, o artigo é legal e é bom ver o lado bom deste fenômeno!


    Amanda Areia.

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  7. É estranho que após muito tempo ouvindo apenas que o buraco na camada de ozônio era um dos problemas mais discutidos e considerado um monstro para nosso planeta, ter sido descoberto agora que ao invez de aquecer está resfriando o nosso planeta.
    Como dito no artigo: "A existência do buraco na camada de ozônio está evitando que o aquecimento global chegue a esse continente", ou seja, será que se esse buraco aumentar, ao invez de aquecer o nosso planeta, ele ira resfriar ou consequentemente equilibrar esse clima quente, só que o que se sabe é que o buraco na camada de ozônio está diminuindo. Então fica difícil de saber qual será o nosso futuro climático.

    Ana Flávia Pereira Zucoloto

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  8. Interessante... incrivel pensar que um "problema ambiental" possa estar salvando um pouco do gelo do nosso problema...
    Só que, pelo que o biólogo disse, isso pode afetar as criaturas locais... como no exemplo que ele citou, das Skuas, que não vieram ainda para se reproduzir, e dos pinguins-de-adélia que estão morrendo... De que adianta salvar o gelo e deixar as criaturas que lá vivem morrer?

    Bom, espero que eles consigam contornar o problema... Lembrando sempre que, não adianta só torcer para o centro ser preservado, devemos agradecer que ele está sendo preservado pela natureza e buscar uma forma de impedir que as "bordas" do continente parem de se descongelar.

    Mas, pelo menos ainda é uma garantia de que as gerações futuras poderam conhecer a nossa "querida" Antardida.

    Timóteo de Rezende Potin

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  9. É meio estranho as vezes falam que o buraco na camada de ozonio é ruim mas no artigo acima mostra o lado bom, confuso, se a antardida ficar fria de mais ou quente vamos ter a estinção e a migração de augumas espécies o geito é tentar manter como está, sem mais exageiros.

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